sexta-feira, 30 de abril de 2010

Popol Vuh

>> Sobre o Ato Performático Popol Vuh:



A obra principal utilizada como referência de pesquisa foi a edição do poema publicado no Brasil em quiché e em português, uma publicação bilíngüe de 2007, organizada por Gordon Brotherston e Sérgio Medeiros.

Considerado um clássico americano indígena, a narrativa se abre para diferentes possibilidades de leitura. Neste breve recorte, a obra é focalizada pelo aspecto das origens das quatro criações, que parte da vontade dos deuses de serem adorados, tendo início a concepção de toda a Terra e dos animais. Porém, esses animais não puderam louvá-los, por não serem capazes de falar, por isso são condenados a devorar uns aos outros para sobreviverem.

Os deuses dedicam-se, então, à criação do primeiro homem, feito a partir do barro, o qual é incapaz de procriar e dizer os divinos nomes de seus criadores, sendo assim, destruído. O segundo homem criado, feito de madeira, passa a habitar a terra. Apesar de falar e se procriar, esse homem é incapaz de lembrar os nomes de seus deuses, pois não possui memória. Desta forma, é invocado um dilúvio que os elimina. Os deuses buscam o conselho de seus sábios anciões para criar um novo humano, que é feito à base dos nutrientes do milho misturado a outros ingredientes.

Com tamanha inteligência e beleza, o recém-nascido homem de milho causa espanto aos seus criadores, que temem serem por eles igualados. Desta maneira, os deuses condenam sua bela cria a viver na terra com uma visão limitada que só percebe a matéria bruta ao seu redor.
Do diálogo com a Obra Popol Vuh, o O'Gia Grupo de Teatro apresenta o Ato Performático: Popol Vuh. Os micros acontecimentos apresentados se configuram a partir da investigação cênica realizada pelo grupo e apontam para a tentativa de mapear elementos da obra inspirados pela origem das criações.

Num primeiro contato, o grupo vislumbra um Popol Vuh aéreo, porém, ao se aproximar mais da obra, as imagens cênicas vão se configurando em direção ao solo.
Desse encontro com o poema maia-quiché, o O'Gia Grupo de Teatro busca sensibilizar o interlocutor através de cores, cheiros, sons e imagens para o que pode se fazer presente deste acontecimento.








>> Ficha Técnica:

Atuantes: Ana Zen de Moraes, Andréa Meirelles, Araeliz, Branca Mônaco, Cristiano Welaski, Danielle Coelho, Fábio Celant, Felipe de Marco Pessoa, Gabriel Ortega, Íris Rosa Lami, Jordi Timón, José Leonardo Rocha (Zeca), Julio Gabriel, Khalid Prestes, Luiza Pimenta, Marina Veshagem, Vinícius Renzulli
Concepção e Composição Musical: Vinícius Renzulli
Concepção e Confecção de Figurino: Andréa Meirelles, Luiza Pimenta, Solange da Silva
Arte Cerâmica: Rosival dos Santos Pereira
Marceneiro: Francisco Nazário
Técnico de Iluminação: Nilson Só
Produção Audiovisual: Will Fernandes
Design Gráfico: Jordi Timón
Concepção de Máscaras e Bonecos: Sassá Moreti
Confecção e Produção de Bonecos e Máscaras: Khalid Prestes, Marcos Araújo de Oliveira, Veruska Costa Haber, Vinícius Renzulli
Adereços: O'gia Grupo de Teatro
Preparação Corporal e Coreografia: Nastaja Brehsan
Treinamento de Perna de Pau: Khalid Prestes
Produção Executiva: O'gia Grupo de Teatro
Produção Administrativa: Danielle Coelho
Dramaturgia: O'gia Grupo de Teatro
Assistência de Direção: Khalid Prestes
Assistência de Produção: Will Fernandes
Direção Geral do Projeto e Encenação: Maris Viana
Concepção e Produção: Ogia Grupo de Teatro